Um Provável Eu
Pensamentos, textos e blá blá blá
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Do Somethin'
O que me fez voltar aqui foi a necessidade de falar nem que seja para as paredes um pouco de mim, os sentimentos que permeiam minha vida, colocar para fora, nem que seja num vomitar de palavras, verborrágico mesmo. Então, foi lendo esse tal blog que me veio a vontade de dar sentido as palavras, dar sentido ao sentimentos, externalizar através das palavras o que o corpo precisa, Why don't you do something? a musica diz, e enquanto lia esse texto do blog via que por trás de cada palavra existia um sentimento que mesmo que o autor tentasse esconder, mascarar num jogo de metáforas, hipérboles, e diversas figuras de linguagem estavam lá, talvez eu que queria que elas tivessem o sentido que tinham, mas elas faziam sentido, os sentidos e sentimentos se sentiam atrás das letras, "somebody give my truck, so I can ride the clouds" , é isso que eu quero pegar um caminhão, taxi, ônibus, "um trêm pras estrelas", cavalgar nas nuvens, voar... e a palavra me permite isso, então estou novamente por aqui divagando em cada letra, sem dar sentido algum, ou sentindo demais e expressando "demenos", então eis-me aqui fazendo algo, seja lá o que for...
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Uma revolução arco-quilombola-judaico-holocaustica-apartheid-etc-íris
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Minha relatividade
Ah... tudo passa, alegria passa, tristeza passa, a dor passa, e quando você menos espera a vida passa. Estranho eu do alto dos meus 26 anos escrever isso, é que às vezes parece que tudo está passando e eu estou esquecendo-me da vida, as emoções vem e vão e eu fico sem saber o que na verdade esta acontecendo, no instante que notei, passou, Clarice falou disso, e eu observando sua pintura em agua viva me encontro assim, nesse instante que passa e nem o vejo. É difícil de explicar como o tempo passa pra mim, relatividade, foi assim que Einstein chamou. O que realmente é relevante é o que faz o tempo ser relativo, isso pra mim. Não sei se considero tantas coisas relevantes o suficiente, ou então as vivo tão intensamente que nem as noto. Um simples passar da folha do livro que leio e lá se vai algo, tão meramente importante, quanto abrir os olhos ao tocar do despertador, que me arranca das minhas mais belas fantasias, para a realidade, que absorvo de modo tal, que mesmo acordado, continuo dormindo. Não sei se consigo entender agora o que acontece comigo, estou me redesenhando, readmitindo ser o que eu sou, mesmo quando percebo que já fui, que já passou, um “eu” que vive e me toma sem eu saber, porque quando descubro que estou o sendo, já não o sou mais. Dificilmente eu entendo para onde estou indo, apenas sou empurrado pelas circunstâncias e caio profundamente neste sonho onde posso ser tudo que quero ser. De repente posso ser Super-homem, ser invulnerável, pertencer a algo realmente incrível, mas entendo que todo sonambulo, faz as coisas sem saber o que está fazendo, embora naquele momento acredite que aquilo é real. Não sinto nada passar devagar, tudo passa, passa e passa. Sabe quando você está em um carro em movimento e você direciona a sua visão para fora, pela janela e tudo que está ao seu lado passa, some, e se você continua olhando na mesma direção você não vai enxergar nada, acho que isso exemplifica bem, porque quando você olha em direção à frente você consegue enxergar mesmo que distante, é possível perceber as formas do que está vindo, mas quando chega até você “puff” já foi, e só olhando para trás você consegue ver novamente, só que agora está se distanciando, perdendo a forma novamente. Acho que está tudo passando e eu ainda estou no carro, melhor parar um pouco e olhar a paisagem, perceber as formas, entender os significados. Relativo.
sábado, 10 de novembro de 2007
Em decomposição
Lembrou-se das outras vezes que isso lhe ocorreu, sempre à noite, sempre quando sai, sempre aos fins de semana, sempre acaba tendo que se livrar de mais um corpo. Tantos outros corpos, brancos, pardos, altos, pequenos, franzinos, até mesmo fortes, e estes lhe causavam mais vontade. Não havia escolha, antes de amanhecer devia desaparecer. Precisava pensar, mas como? Estava ali junto daquele corpo que já lhe causava náuseas, o cheiro cada vez mais forte em suas narinas, e a morte toda espalhada pelos lençóis, embora adoraria ficar e ver o corpo se decompor em sua frente. Outro sentimento agora tomava conta de sua alma, sua alma mais uma vez se esvaziara, e se enchera de pena, passando a mão pelo rosto inerte, deitou-se novamente, um pouco afastado desta vez, tentando encontrar resposta para o tinha feito. Por que tanta fraqueza? Por que tanta auto-piedade agora? O que está feito, está feito. Adormeceu, tentando encontrar respostas para aquilo, se algum trauma, se a vida tinha que ser assim daquela maneira.
Mais uma vez uma luz o incomodava. Já era manhã, e não tinha fugido como pensou em fazer antes de adormecer – E agora? – pensou que agora esse seria o seu fim, ouviu um barulho vindo da porta, que poderia ser sua única saída, um barulho estranho, não percebido durante toda a madrugada, como de passos se afastando, cada vez mais longe da porta e de seus ouvidos que agora estavam grudados na madeira velha, pediu aos céus que não voltasse. Voltou-se para a cama, não havia corpo... O que teria acontecido, seria um terrível pesadelo? Não. Sabia que já havia feito isso muitas vezes, não poderia ter errado desta, sua vítima desta vez teria escapado, não era tão forte assim...
Foi até o banheiro para se certificar que não estava na banheira como muitas vezes deixou os outros, e depois saia como se nada houvesse acontecido. O suor começou a escorrer pela testa, as costas ardiam mais pelo suor frio que lhe escorria por toda espinha, voltou para o lugar onde ficava a cama, procurou por suas coisas vestiu-se rapidamente e viu que na cabeceira da cama havia algumas notas e um bilhete dizendo – Essa é a minha parte, espero que tenha dinheiro para completar o restante – percebeu então que tinha escapado desta vez, sua vítima tinha lhe preparado uma mesma armadilha, e o corpo que desta vez estava se decompondo por dentro era o seu...
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
E...
Não ser eu
Não ser mau
Ser ninguém
Ser quem não sou
Algo que fizesse alegria
Que trouxesse um frio na barriga
Queria amar sem ter que chorar
Eu sou o resto do que ficou no esquecimento
Nada que eu tento tem força o bastante pra sobreviver...
Eu sou o resto do que tenta sobreviver em mim...
E só!
Medo!
Minha alma,
Aperto,
Desconforto
Tristezas alegres
Lembranças que esqueço
Mas se lembram em mim
Vontade de sumir
Vontade de ser
Vontade de morrer
Quero correr o mais rápido que puder
Pra que ninguém chegue perto de mim
E me esconder daquilo que sou
Medo de ser e não poder ter aquilo que quero
Medo de não ser o que posso
Como dói
Como é?
O que é?
Como é?
O que dizer?
Isso é muito difícil para entender
Só quero colo
Só quero colo
As letras,
As músicas,
O calor
As lágrimas que quero derramar por você
Mas minha voz é fraca
Minha voz é mentirosa
Minha voz não se diz
Nem se conta
Não sei o que, não sei dizer,
Nem fazer.
Quem sou?
Quem serei...
Quem eu posso
Não sei...